Carisma
A TERCEIRA ORDEM REGULAR
Um Carisma de Vida Religiosa da Reconciliação, Conversão e Penitência, de inspiração Franciscana
As parábolas da ovelha perdida, a moeda perdida, o filho pródigo e do bom samaritano, todas retiradas do Evangelho de Lucas, são importantes porque enfatizam a misericórdia de Deus e representam o núcleo evangélico do nosso carisma.
Em seu conjunto, elas apresentam:
a) Deus reconciliador, que toma a iniciativa de nos amar e nos perdoar. Deus sempre faz isso com grande alegria, pois, o que mais Ele deseja é que nós estejamos sempre junto a Ele: nós somos Sua alegria;
b) As parábolas nos apresentam como necessitados D’Ele. Necessidade de se “converter” a Ele;
c) Finalmente, a parábola do “Bom Samaritano” nos impele a expressar e concretizar a experiência da reconciliação e da conversão, tornando-nos também “bons samaritanos” diante de toda necessidade e pobreza.
A reconciliação é a iniciativa de Deus para conosco. As três parábolas testemunham isto: O pai toma a iniciativa. A conversão é o fruto do sentir-se amado e perdoado pelo Pai (sentimento expresso no filho mais novo). Isso nos leva a fazer “frutos dignos de penitência”, simbolizado pelo “Bom Samaritano”.
O Papa Francisco enfatiza muito o tema da alegria na evangelização. Quando falamos de alegria franciscana, nos relacionamos com a alegria de sentir Deus como Pai Criador e toda a criação como nossos irmãos e irmãs: a alegria por toda as criaturas.
O texto da parábola do filho pródigo apresenta o regresso do filho, mas, o mais importante do que esse retorno ainda é a alegria da parte do Pai, que organiza uma festa devido o retorno do filho.
De acordo com o nosso carisma, a alegria é reflexo e emanação de alegria do próprio Deus quando se apresenta como reconciliador: a alegria da reconciliação. Transmitimos esta alegria quando nos doamos aos outros, fazendo (pondo em prática) as obras de misericórdia com alegria.
Através da história de nossa Ordem, os valores do carisma são apresentados de várias formas. Numa primeira fase, séculos III a V, como “penitência voluntária”; entre os séculos V a XII como “conversio”; a partir do século XII a XIX como “penitência” e, finalmente, a partir do século XX, como “reconciliação”.
De um modo geral, por muitas décadas e séculos atrás, na maioria dos Institutos de Vida Religiosa se valorizava mais o sacerdócio do que profissão religiosa. Assim foi também em nossa Ordem: se buscava, em primeiro lugar, ser um sacerdote franciscano. Não se sabia muito nem da vida religiosa e muito menos das fontes da espiritualidade franciscana. O pouco que se sabia era do escritos franciscanos chamado I Fioretti.
Nas primeiras décadas do século XX se começou a investigar e a publicar de forma crítica e científica as fontes do franciscanismo, que logo se divulgaram a partir dos anos 60 e 80 e teve um ápice na ocasião do VIII Centenário do nascimento de São Francisco de Assis. Foi, então, quando se tornou popular a figura de Francisco de Assis. Além disso, a partir dos anos 70 iniciaram e publicaram muitos estudos sobre a “Ordem da Penitência,” em geral, e de sua vertente franciscana.
Os apelos à conversão, à reconciliação com Deus e aos “frutos de penitência”como programa de vida
Nosso Instituto, por ter o carisma que tem, e por ser uma comunidade de vida religiosa dentro da Igreja de Cristo, comunidade reconciliada e reconciliadora, pode e deve aplicar-se ao que a Igreja tem dito a partir dessa perspectiva. Além disso, temos o dever de aplicar a nós mesmos o que o Sínodo “Sobre a Reconciliação e a Penitência na Missão da Igreja de Hoje”, realizado em 1984, disse aos Institutos de Vida Religiosa a partir da perspectiva de reconciliação, conversão e penitência.
A existência do nosso Instituto -falando do ponto de vista histórico e teológico – que tem o carisma de viver e trabalhar pela reconciliação, conversão e penitência, é um sinal, um exemplo histórico e atual de força e vitalidade interior da mensagem evangélica de reconciliação sob a ótica franciscana, mensagem que tem sido capaz de unir a homens e mulheres que querem viver constantemente essa vocação, convertendo-os em um “estado permanente da vida cristã”.
Acreditamos que vem a calhar a próxima frase dos “Dives in Misericordia”: “O verdadeiro conhecimento de Deus, o Deus de misericórdia e do amor benigno, é uma constante e inesgotável fonte de conversão, não apenas como espontâneo ato interior, mas também como disposição estável, como estado de ânimo. Quem chega a ter uma intimidade com Deus deste modo, quem o vê assim, não pode viver senão convertendo-se constantemente a Ele. Vivem, pois, em estado de conversão”. Se pode dizer então, com razão, que a nossa entidade dentro do conjunto de Institutos de Vida Religiosa é uma realização “canônica” de ” status conversionis ” como uma opção fundamental cristã.
Carisma
A TERCEIRA ORDEM REGULAR
Um Carisma de Vida Religiosa da Reconciliação, Conversão e Penitência, de inspiração Franciscana
As parábolas da ovelha perdida, a moeda perdida, o filho pródigo e do bom samaritano, todas retiradas do Evangelho de Lucas, são importantes porque enfatizam a misericórdia de Deus e representam o núcleo evangélico do nosso carisma.
Em seu conjunto, elas apresentam:
a) Deus reconciliador, que toma a iniciativa de nos amar e nos perdoar. Deus sempre faz isso com grande alegria, pois, o que mais Ele deseja é que nós estejamos sempre junto a Ele: nós somos Sua alegria;
b) As parábolas nos apresentam como necessitados D’Ele. Necessidade de se “converter” a Ele;
c) Finalmente, a parábola do “Bom Samaritano” nos impele a expressar e concretizar a experiência da reconciliação e da conversão, tornando-nos também “bons samaritanos” diante de toda necessidade e pobreza.
A reconciliação é a iniciativa de Deus para conosco. As três parábolas testemunham isto: O pai toma a iniciativa. A conversão é o fruto do sentir-se amado e perdoado pelo Pai (sentimento expresso no filho mais novo). Isso nos leva a fazer “frutos dignos de penitência”, simbolizado pelo “Bom Samaritano”.
O Papa Francisco enfatiza muito o tema da alegria na evangelização. Quando falamos de alegria franciscana, nos relacionamos com a alegria de sentir Deus como Pai Criador e toda a criação como nossos irmãos e irmãs: a alegria por toda as criaturas.
O texto da parábola do filho pródigo apresenta o regresso do filho, mas, o mais importante do que esse retorno ainda é a alegria da parte do Pai, que organiza uma festa devido o retorno do filho.
De acordo com o nosso carisma, a alegria é reflexo e emanação de alegria do próprio Deus quando se apresenta como reconciliador: a alegria da reconciliação. Transmitimos esta alegria quando nos doamos aos outros, fazendo (pondo em prática) as obras de misericórdia com alegria.
Através da história de nossa Ordem, os valores do carisma são apresentados de várias formas. Numa primeira fase, séculos III a V, como “penitência voluntária”; entre os séculos V a XII como “conversio”; a partir do século XII a XIX como “penitência” e, finalmente, a partir do século XX, como “reconciliação”.
De um modo geral, por muitas décadas e séculos atrás, na maioria dos Institutos de Vida Religiosa se valorizava mais o sacerdócio do que profissão religiosa. Assim foi também em nossa Ordem: se buscava, em primeiro lugar, ser um sacerdote franciscano. Não se sabia muito nem da vida religiosa e muito menos das fontes da espiritualidade franciscana. O pouco que se sabia era do escritos franciscanos chamado I Fioretti.
Nas primeiras décadas do século XX se começou a investigar e a publicar de forma crítica e científica as fontes do franciscanismo, que logo se divulgaram a partir dos anos 60 e 80 e teve um ápice na ocasião do VIII Centenário do nascimento de São Francisco de Assis. Foi, então, quando se tornou popular a figura de Francisco de Assis. Além disso, a partir dos anos 70 iniciaram e publicaram muitos estudos sobre a “Ordem da Penitência,” em geral, e de sua vertente franciscana.
Os apelos à conversão, à reconciliação com Deus e aos “frutos de penitência”como programa de vida
Nosso Instituto, por ter o carisma que tem, e por ser uma comunidade de vida religiosa dentro da Igreja de Cristo, comunidade reconciliada e reconciliadora, pode e deve aplicar-se ao que a Igreja tem dito a partir dessa perspectiva. Além disso, temos o dever de aplicar a nós mesmos o que o Sínodo “Sobre a Reconciliação e a Penitência na Missão da Igreja de Hoje”, realizado em 1984, disse aos Institutos de Vida Religiosa a partir da perspectiva de reconciliação, conversão e penitência.
A existência do nosso Instituto -falando do ponto de vista histórico e teológico – que tem o carisma de viver e trabalhar pela reconciliação, conversão e penitência, é um sinal, um exemplo histórico e atual de força e vitalidade interior da mensagem evangélica de reconciliação sob a ótica franciscana, mensagem que tem sido capaz de unir a homens e mulheres que querem viver constantemente essa vocação, convertendo-os em um “estado permanente da vida cristã”.
Acreditamos que vem a calhar a próxima frase dos “Dives in Misericordia”: “O verdadeiro conhecimento de Deus, o Deus de misericórdia e do amor benigno, é uma constante e inesgotável fonte de conversão, não apenas como espontâneo ato interior, mas também como disposição estável, como estado de ânimo. Quem chega a ter uma intimidade com Deus deste modo, quem o vê assim, não pode viver senão convertendo-se constantemente a Ele. Vivem, pois, em estado de conversão”. Se pode dizer então, com razão, que a nossa entidade dentro do conjunto de Institutos de Vida Religiosa é uma realização “canônica” de ” status conversionis ” como uma opção fundamental cristã.