Missionários Franceses

OS FRADES MISSIONÁRIOS E AS ‘IRMÃS AZUIS’

Não faltou entusiasmo e coragem aos primeiros frades, apesar das dores da partida, agravada pela situação política na França. Com eles, chegaram a Cuiabá, no dia 14 de agosto de 1904, as Irmãs Azuis, religiosas da Congregação das Irmãs da Imaculada Conceição de Castres. Não sabiam bem esses novos missionários e missionárias o que viriam enfrentar, mas vinham para se entregar e servir.

Contam as Irmãs que “Entrando nas águas do Brasil, os corações das missionárias vibram e fazem eco às palavras do frei Ambrósio que, tirando o chapéu, exclama: Salve, Brasil! doravante nossa segunda pátria. Nós te trazemos nossa dedicação em agradecimento à tua generosa hospitalidade!”.

A recepção foi calorosa: autoridades, banda, crianças, o povo, hinos, o bispo: “Benditos o que vêm em nome do Senhor!”

O jornal “O Mato Grosso”, de 30 de outubro de 1904, colocou em destaque, na manchete da primeira página, a chegada dos religiosos no Brasil:

‘Os Missionários e as Irmãs da Imaculada em Cuiabá”, e no corpo do texto: “logo que soou do Arsenal de Guerra o tiro do costume, anunciador da chegada do paquete, dirigiram-se ao porto para receberem os ilustres missionários, o reverendo clero regular, a comissão de senhoras, a Diretora interina do Asilo de Santa Rita, com algumas meninas órfãs; os reverendos padres salesianos e alunos do Liceu com sua banda de música, a comissão promotora dos festejos do jubileu da Imaculada Conceição, grande número de famílias distintas e ilustres cidadãos”.A nova pátria, imensa e misteriosa, era bem diferente daquela que deixavam: o clima, as dificuldades com o transporte, as doenças, a língua, os costumes e as práticas religiosas locais.

Os primórdios não foram idílicos e os missionários tiveram que aliar coragem à ternura: colocar-se ao lado dos pobres e da verdade, anunciando a fé, sem perder a firmeza diante das injustiças.

“Nos primeiros tempos, os padres só tomaram conta da diocese de Cuiabá, visitando regularmente as paróquias dos arredores, o que os obrigava a longas viagens a cavalo. (…) Visitavam regulamente outras regiões: Diamantino, Rosário do Oeste, Poconé e Cáceres, que ficava a uns 300 quilômetros”.

A evangelização acontecia pelo testemunho, pela catequese e também de forma itinerante, devido às grandes distâncias entre as comunidades que não tinham padres. Essas visitas pastorais chamavam-se desobrigas.

PEDRAS VIVAS

Reunir o povo, criar comunidades, promover os pobres, ajudar os doentes, educar as crianças na fé e nos estudos, formar os seminaristas, favorecer a espiritualidade, divulgar a missão e promovê-la, esclarecer e informar…

Tanto trabalho, tanta vontade… foi preciso criar espaços, construir igrejas, colégios, dispensários, hospitais, centros sociais, ambulatórios, casas de formação, centro de espiritualidade, jornal, livros, boletins…

Missionários Franceses

OS FRADES MISSIONÁRIOS E AS ‘IRMÃS AZUIS’

Não faltou entusiasmo e coragem aos primeiros frades, apesar das dores da partida, agravada pela situação política na França. Com eles, chegaram a Cuiabá, no dia 14 de agosto de 1904, as Irmãs Azuis, religiosas da Congregação das Irmãs da Imaculada Conceição de Castres. Não sabiam bem esses novos missionários e missionárias o que viriam enfrentar, mas vinham para se entregar e servir.

Contam as Irmãs que “Entrando nas águas do Brasil, os corações das missionárias vibram e fazem eco às palavras do frei Ambrósio que, tirando o chapéu, exclama: Salve, Brasil! doravante nossa segunda pátria. Nós te trazemos nossa dedicação em agradecimento à tua generosa hospitalidade!”.

A recepção foi calorosa: autoridades, banda, crianças, o povo, hinos, o bispo: “Benditos o que vêm em nome do Senhor!”

O jornal “O Mato Grosso”, de 30 de outubro de 1904, colocou em destaque, na manchete da primeira página, a chegada dos religiosos no Brasil:

‘Os Missionários e as Irmãs da Imaculada em Cuiabá”, e no corpo do texto: “logo que soou do Arsenal de Guerra o tiro do costume, anunciador da chegada do paquete, dirigiram-se ao porto para receberem os ilustres missionários, o reverendo clero regular, a comissão de senhoras, a Diretora interina do Asilo de Santa Rita, com algumas meninas órfãs; os reverendos padres salesianos e alunos do Liceu com sua banda de música, a comissão promotora dos festejos do jubileu da Imaculada Conceição, grande número de famílias distintas e ilustres cidadãos”.A nova pátria, imensa e misteriosa, era bem diferente daquela que deixavam: o clima, as dificuldades com o transporte, as doenças, a língua, os costumes e as práticas religiosas locais.

Os primórdios não foram idílicos e os missionários tiveram que aliar coragem à ternura: colocar-se ao lado dos pobres e da verdade, anunciando a fé, sem perder a firmeza diante das injustiças.

“Nos primeiros tempos, os padres só tomaram conta da diocese de Cuiabá, visitando regularmente as paróquias dos arredores, o que os obrigava a longas viagens a cavalo. (…) Visitavam regulamente outras regiões: Diamantino, Rosário do Oeste, Poconé e Cáceres, que ficava a uns 300 quilômetros”.

A evangelização acontecia pelo testemunho, pela catequese e também de forma itinerante, devido às grandes distâncias entre as comunidades que não tinham padres. Essas visitas pastorais chamavam-se desobrigas.

PEDRAS VIVAS

Reunir o povo, criar comunidades, promover os pobres, ajudar os doentes, educar as crianças na fé e nos estudos, formar os seminaristas, favorecer a espiritualidade, divulgar a missão e promovê-la, esclarecer e informar…

Tanto trabalho, tanta vontade… foi preciso criar espaços, construir igrejas, colégios, dispensários, hospitais, centros sociais, ambulatórios, casas de formação, centro de espiritualidade, jornal, livros, boletins…