Hábito – Veste Religiosa

HABITO DE SÃO FRANCISCO
Hábito de São Francisco de Assis

O HÁBITO DA TERCEIRA ORDEM REGULAR

O hábito é um distintivo externo da especificidade “ad intra et ad extra” do nosso carisma e da nossa Ordem. A Terceira Ordem Regular sempre teve como ponto de vista histórico a realização da unidade na essencialidade. Por isso, para que a especialidade dos diversos grupos se reflitam na unidade, que é própria da especificidade, nós, frades da TOR, consideramos que o hábito deve refletir igualmente os elementos da unidade para todos os irmãos e também os da especificidade dos diversos grupos.

Elementos da Unidade

As Constituições da TOR (CCGG 61) assegura que o hábito é um sinal de consagração e um sinal de fraternidade. Como sinal de consagração possui os seguintes aspectos: a) uma vida de penitência que se exige pobreza; b) serenidade e honestidade do comportamento que correspondem à vida de conversão; c) franciscanismo.

a) Como sinal de vida de penitência que exige pobreza

“Os homens que fazem parte desta fraternidade se vestirão de um tecido humilde, sem cores”. (Memoriale Propositi, 1; 1221).

Ainda, “sem cores” é um símbolo da pobreza que corresponde a um penitente.

Portar as vestes coloridas, com tinta, significa portar vestes de rico.

b) A serenidade e a honestidade do comportamento que correspondem à vida da conversão

“Temos um mantello sem peles, colocada sobre os ombros, de modo inteiro, e em cada caso, de modo junto e não separado, como usam os seculares”. (Memoriale Propositi, 2)

Item quod barbeta mantelli sublevata sit et suta aliquantulum in punta(Acta capituli bononiensis, 14 nov. 1289)

O Escapulário, substituído depois pelo mantello (capuz), em forma de ponta, é um símbolo da seriedade e honestidade de vida.

c) Franciscanismo

Habitum habeant humilem et honestum, et portent similiter videlicet superiorem tunicam et mantellum.Nec alba nec nigra sint penitus, sed ad modum ordinis sancti Francisci. [.] cordulis filo vel lino utantur pro cíngulo.

[Regola delle Vestite di Prato,  anno 1284]

(“Um hábito humilde e honesto e por cima da túnica um mantello. Esta túnica deve ser negra como modo característico da Ordem dos franciscanos, unida por um cordão de linho chamado cíngulo”.)

Segundo este documento do século XIII as vestes são apresentadas com três elementos essenciais que as caracterizam e estas características seguem os séculos no uso do hábito de todos os frades das Ordens Franciscanas da Penitência.

Bem-aventurado fr. Severino Girault – TOR (Sacerdote, mártir 1728-1792)

Bem-aventurado fr. Severino Girault – TOR (Sacerdote, mártir 1728-1792)

Elementos da Especificidade

“Os Estatutos Provinciais determinam o uso do hábito religioso e os seus legítimos acompanhamentos segundo as circunstâncias de lugar e tempo” (CCGG TOR, 40, 2).

Existem inúmeros documentos escritos e muitos os testemunhos dados durante os séculos sobre o modo como os religiosos têm utilizado os elementos essenciais do hábito comum da nossa Ordem.

Todos os frades e irmãs da família franciscana originalmente usavam hábitos cinzentos, distinguidos pela sua forma, ou cores próximas ao cinza até a mudança para marrom ou preto. Esta foi a razão pela qual as fraternidades dos antigos confrades na Inglaterra e na Escócia fossem conhecidas como conventos dos “frades cinzentos”, e por que, até depois do Concílio Vaticano II, os bispos franciscanos (OFM, OFMConv, TOR, exceto OFMCap) usavam uma batina episcopal cinza.

Muitas das igrejas mais antigas de Roma mostram santos franciscanos nos hábitos cinzentos e às vezes em pinturas posteriores, nas mesmas igrejas, o marrom ou o preto. Por exemplo, em Roma na Basílica Santos Cosme e Damião, nos afrescos de São Francisco, nos corredores do claustro, ele é mostrado com capuz cinzento, apontando o próprio capuz dos frades da TOR por séculos. Dentro da Basílica, as pinturas nas paredes das duas “Capelas Franciscanas” pintadas alguns anos mais tarde, nos relicários dos bustos de São Francisco e de Santo Antônio, expostos em grandes festas, percebe-se a mudança gradual para a frente semicircular semelhante ao capuz dos Franciscanos Conventuais.

Desde os anos 1940 várias sugestões para recuperar a forma, se não a cor, do nosso hábito original foram feitas. Embora tenha havido inquéritos evidenciando um desejo de alguma mudança por parte da maioria dos frades a decisão até agora foi evitada ou adiada por um apelo … “para um estudo mais aprofundado”.

Talvez, a continuação do processo de reafirmação de nossa identidade, que resultou da nova Regra e Constituições e que melhor refletem nossa espiritualidade franciscana e penitencial, também encontrará a originalidade do nosso hábito religioso que nos identificaria mais facilmente dentro e fora da Família Franciscana.

(segue as imagens dos diferentes hábitos das Ordens Franciscanas Masculinas que estão no site da Cúria Geral em Roma)

Hábito – Veste Religiosa

HABITO DE SÃO FRANCISCO

O HÁBITO DA TERCEIRA ORDEM REGULAR

O hábito é um distintivo externo da especificidade “ad intra et ad extra” do nosso carisma e da nossa Ordem. A Terceira Ordem Regular sempre teve como ponto de vista histórico a realização da unidade na essencialidade. Por isso, para que a especialidade dos diversos grupos se reflitam na unidade, que é própria da especificidade, nós, frades da TOR, consideramos que o hábito deve refletir igualmente os elementos da unidade para todos os irmãos e também os da especificidade dos diversos grupos.

ELEMENTO DA UNIDADE

As Constituições da TOR (CCGG 61) assegura que o hábito é um sinal de consagração e um sinal de fraternidade. Como sinal de consagração possui os seguintes aspectos: a) uma vida de penitência que se exige pobreza; b) serenidade e honestidade do comportamento que correspondem à vida de conversão; c) franciscanismo.

a) Como sinal de vida de penitência que exige pobreza

“Os homens que fazem parte desta fraternidade se vestirão de um tecido humilde, sem cores”. (Memoriale Propositi, 1; 1221).

Ainda, “sem cores” é um símbolo da pobreza que corresponde a um penitente.

Portar as vestes coloridas, com tinta, significa portar vestes de rico.

b) A serenidade e a honestidade do comportamento que correspondem à vida da conversão

“Temos um mantello sem peles, colocada sobre os ombros, de modo inteiro, e em cada caso, de modo junto e não separado, como usam os seculares”. (Memoriale Propositi, 2)

Item quod barbeta mantelli sublevata sit et suta aliquantulum in punta(Acta capituli bononiensis, 14 nov. 1289)

O Escapulário, substituído depois pelo mantello (capuz), em forma de ponta, é um símbolo da seriedade e honestidade de vida.

c) Franciscanismo

Habitum habeant humilem et honestum, et portent similiter videlicet superiorem tunicam et mantellum.Nec alba nec nigra sint penitus, sed ad modum ordinis sancti Francisci. [.] cordulis filo vel lino utantur pro cíngulo.

[Regola delle Vestite di Prato,  anno 1284]

(“Um hábito humilde e honesto e por cima da túnica um mantello. Esta túnica deve ser negra como modo característico da Ordem dos franciscanos, unida por um cordão de linho chamado cíngulo”.)

Segundo este documento do século XIII as vestes são apresentadas com três elementos essenciais que as caracterizam e estas características seguem os séculos no uso do hábito de todos os frades das Ordens Franciscanas da Penitência.

ELEMENTO DA ESPECIFICIDADE

“Os Estatutos Provinciais determinam o uso do hábito religioso e os seus legítimos acompanhamentos segundo as circunstâncias de lugar e tempo” (CCGG TOR, 40, 2).

Existem inúmeros documentos escritos e muitos os testemunhos dados durante os séculos sobre o modo como os religiosos têm utilizado os elementos essenciais do hábito comum da nossa Ordem.

Todos os frades e irmãs da família franciscana originalmente usavam hábitos cinzentos, distinguidos pela sua forma, ou cores próximas ao cinza até a mudança para marrom ou preto. Esta foi a razão pela qual as fraternidades dos antigos confrades na Inglaterra e na Escócia fossem conhecidas como conventos dos “frades cinzentos”, e por que, até depois do Concílio Vaticano II, os bispos franciscanos (OFM, OFMConv, TOR, exceto OFMCap) usavam uma batina episcopal cinza.

Muitas das igrejas mais antigas de Roma mostram santos franciscanos nos hábitos cinzentos e às vezes em pinturas posteriores, nas mesmas igrejas, o marrom ou o preto. Por exemplo, em Roma na Basílica Santos Cosme e Damião, nos afrescos de São Francisco, nos corredores do claustro, ele é mostrado com capuz cinzento, apontando o próprio capuz dos frades da TOR por séculos. Dentro da Basílica, as pinturas nas paredes das duas “Capelas Franciscanas” pintadas alguns anos mais tarde, nos relicários dos bustos de São Francisco e de Santo Antônio, expostos em grandes festas, percebe-se a mudança gradual para a frente semicircular semelhante ao capuz dos Franciscanos Conventuais.

Desde os anos 1940 várias sugestões para recuperar a forma, se não a cor, do nosso hábito original foram feitas. Embora tenha havido inquéritos evidenciando um desejo de alguma mudança por parte da maioria dos frades a decisão até agora foi evitada ou adiada por um apelo … “para um estudo mais aprofundado”.

Talvez, a continuação do processo de reafirmação de nossa identidade, que resultou da nova Regra e Constituições e que melhor refletem nossa espiritualidade franciscana e penitencial, também encontrará a originalidade do nosso hábito religioso que nos identificaria mais facilmente dentro e fora da Família Franciscana.

(segue as imagens dos diferentes hábitos das Ordens Franciscanas Masculinas que estão no site da Cúria Geral em Roma)